
O aproveitamento político do 25 de Abril roça a indecência. Para o PCP, é o dia de glória anual, já que passa os outros 364 à procura de um rumo para uma ideologia que já está morta e enterrada há quase vinte anos. Para os outros partidos, é mais uma oportunidade de fazerem a política pequenina do enaltecimento dos valores revolucionários, sem qualquer conteúdo.
A música também já enjoa. "E depois do Adeus", "Grândola Vila Morena" e tantas outras passadas vezes sem conta nas rádios. Sorte a nossa que a Revolução não se deu em meados dos anos oitenta, caso contrário, a senha poderia muito bem ter sido o "Eu tenho dois amores" do Marco Paulo ou o "A Cabana junto à Praia" do José Cid. Imaginem o que seria passar os 25 de Abril todos a gramar com isto...
Está na hora de deixar de olhar para trás, e começar a olhar para a frente.
Antes que seja tarde demais.
Antes que seja tarde demais.