
Algum dos leitores conhece algo mais desconcertante que um "nim"? Não é carne nem é peixe. Não é preto nem é branco. Não é bonito nem feio. Quando muito é o sucedâneo linguístico de uma delícia chinesa agridoce confeccionada com carne de porco. É pura e simplesmente a negação do maior dom concedido por Deus (para os creacionistas) ou por Darwin (para os cientistas) ao ser humano: o livre-arbítrio.
Ainda que muitos não queiram ver, é essa faculdade do espírito humano que nos permite escolher entre o Bem e o Mal, entre um bacalhau à Brás ou uma espetada de lulas, entre as cuecas amarelas ou azuis às bolinhas brancas ou entre um tipo letrado e um tipo que escreveu um livro…
Para o bem ou para o mal, apenas os assertivos ficaram nos anais. Dos indecisos não reza a história...