No seguimento da recepção de inúmeras queixas relativamente à inclusão do poema "Palácio da Ventura" de Antero de Quental no presente blogue, com o fundamento de que este era demasiado triste e completamente desfasado da actual realidade, os Convencidos da Vida gostariam de apresentar as suas mais profundas desculpas e presentear os leitores com o poema "A meu favor" de Alexandre O'Neill.
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.