Thursday, February 15, 2007

Afinal quem tinha razão?

Leio o pasquim que tem feito as minhas delícias em tempos recentes, muito por força das questões relacionadas com o referendo do aborto. Se por um lado tolerava o catolicismo militante de César das Neves, por vezes ficava horrorizado com os trejeitos intolerantes, feministas (mas pouco femininos) da Fernanda Câncio.
Leio uma curta notícia que dizia que o Procurador-Geral da República havia decidido recomendar aos procuradores distritais a suspensão provisória de todos os processos em curso relacionados com o aborto.
A comunicação social, durante 15 dias, tudo fez para diabolizar e descredibilizar as propostas daqueles que, como o Juiz Vaz Patto, defendiam o recurso automático a mecanismos penais que isentassem a mulher de cumprir uma pena ou até mesmo de ser presente a julgamento. "Não é possível!", diziam uns. "Não faz sentido!", gritavam outros.
Afinal quem tinha razão? Já para não falar em bom-senso...