Friday, February 23, 2007

A Inconsciência Ecológica

Hoje tive um pequeno "chat" com uma pessoa sobre algo que pode ser controverso (embora pensasse que não) que são as leis de protecção da Natureza.

A questão de base era a seguinte:

Será que o desenvolvimento económico nacional deverá ser prioritário em relação à protecção dos bens naturais? Ou seja, será que poderemos, em nome do bem-estar da economia, privarmo-nos da existência de alguma fauna e/ou flora, mesmo aquela no limiar da extinção?

A realidade é que auto-estradas já foram desviadas vários km em nome da protecção de uma qualquer espécie de andorinha ou raposa, cuja existência foi apenas constatada por algumas pessoas mais atentas, com custos exponenciais para os contribuintes. Fábricas deixaram de ser construídas pelo facto de uma qualquer espécie de árvore mais rara existir nos terrenos em questão, ou mesmo nos seus arredores. E depois vemos autênticos "atentados" como a existência da Cimenteira do Outão em pleno Parque Natural da Serra da Arrábida.

A realidade é que todos estas espécies estavam neste "3º calhau" milhões de anos antes de qualquer homo sapiens sapiens aparecer e a minha avó já dizia: "respeita os mais velhos".

Será que a superioridade intelectual não deverá ser utilizada para planear formas de conservar ao invés de destruir?

A realidade é que, aquele que hoje em dia é considerado o país "dono do Mundo", os EUA nunca foram os mais fervorosos adeptos destas políticas, tendo um desenvolvimento económico que fala por si. Nunca assinaram o Protocolo de Quioto promovendo uma taxa de emissão de gases que está claramente em contra-corrente com a UE e com todos os países que aderiram a este Protocolo. Mas até a Noruega não pretende ceder no que diz respeito à diminuição da pesca do bacalhau, mesmo com a constatação de que os números de cardumes estão a diminuir drasticamente.

Considero que claramente existe uma subversão das prioridades. Não vou dizer que a Economia não é preponderante para o bem-estar das populações, mas tem de haver algum equilíbrio ou um dia teremos de pegar nas malas e rumar até Marte ( e lá não existe bacalhau!). Agora até que ponto o casal de raposas pode ser impeditivo para a instalação de uma qualquer empresa ou construção de novas vias de acesso, deixo à vossa consideração.