Tuesday, February 13, 2007

Tire-me a Palla dos olhos, sff!

Ouvimos inúmeros defensores do "sim" afirmar, vezes sem conta, que o aconselhamento era importante e que o projecto de lei apresentado pelo PS viria a contemplar essa questão quando viesse a ser discutido na especialidade na AR. Que o aborto devia ser considerado como uma medida de último recurso, que era um mal em si mesmo, etc. Contudo, pelo que consta no DN de ontem, temos de duvidar da boa vontade de algumas defensoras do "sim" como Maria Antónia Palla.

«Deixando um aviso ao Governo, onde o seu filho (António Costa) tem assento como Ministro de Estado e da Administração Interna: "Agora é precisa muita atenção à regulamentação da lei, para que não se perca esta dinâmica. Não devem ser impostas muitas limitações, como comissões de acompanhamento e complicações do género, que são um atestado de menoridade da mulher"».
Não há ninguém que explique a esta Sra. que pode haver casos em que as mulheres são quase que coagidas psicologicamente a abortar? Ou podem suceder situações em que a mulher simplesmente quer abortar porque desconhece outras alternativas? Que Maria Palla já tinha por diversas vezes demonstrado a sua falta de sensibilidade para com a vida intra-uterina é um facto inegável. Mas é a primeira vez que a vejo demitir-se de apoiar as mulheres em dificuldades. Para MAP, a irresponsabilidade, mais do que uma preferência, parece estar-se a tornar um traço de personalidade...