Monday, March 26, 2007

Back in business

Carissimos, as minhas saudações e pedidos de perdão pelo meu silêncio - e não, não fui silenciado pelo novo mega-gabinete de serivços de informação e segurança do Sr. Sócrates - , mas os ossos do ofício não nos permitiram tempo para pausar e comentar as vicissitudes destas últimas semanas.
Impõe-se agora rectificar esta situação, já que o país não parou, e muito há para comentar.

Em primeiro lugar, gostaria de dar as boas vindas ao AE, um Convencido de gema. Now is the time, and this is the place, dá voz à tua ousadia!

De seguida, não poderia deixar de dizer que me agrada sobremaneira o novo sistema de concessão pública de licenciaturas (friso a palavra "concessão"). Basta fazer os exames de acesso no Largo do Rato, e já está! Temos engenheiro! (ou será que não?)
Agora, a escolha da universidade é particularmente importante. Há que selecionar a mais vetusta instituição possível, tendo em atenção os seguintes critérios de escolha:
- Fácil "aquisição" do quadro directivo;
- Os elementos que o constituem devem ser as personagens mais amorais do país (ou, pelo menos, capazes de se aguentarem no ringue com qualquer um dos consagrados campeões, como Adelino Ferreira Torres e a Fatinha Felgueiras, entre outros) , sendo capazes de vender a própria família e amigos por mais um BMW, casa no algarve, lugar na Administração Pública, ou equivalente;
- Pertencerem todos à mesma "equipa" na Maçonaria;
- Serem todos passíveis de chantagem, para se poder salvar o próprio coiro caso haja briga entre as comadres;

Basta depois ser Ministro, secretário de Estado, ou então simplesmente ser compincha de quem tem privilégios de ligar a qualquer governante e exigir logo um "favorzinho".
Agora só resta saber se vai haver reconhecimento administrativo da pseudo-licenciatura do Sr. Socrátes, ou se vai manter o título de Primeiro-Ministro quando sair do governo, já que está em vias de perder o "Engº".

Como uma bela cerveja fresca num dia de imenso calor, bebida em na soberba companhia dos demais Convencidos, enquanto observamos com atenção a aula de aeróbica em bikini das meninas da Elite Model Look.
Foi assim que digeri a notícia da vitória de António de Oliveira Salazar no programa "Os Grandes Portugueses".
Afirmando desde já que se me afigura por demais ridícula a ideia de se selecionar uma figura da nossa história ou do presente (sem falar na imbecilidade de permitir figuras como certos actores de telenovelas aparecerem em tal lista), pois todas elas contribuíram para fazer o Portugal de hoje, bem ou mal, devo dizer que foi bom que a vitória tenha ido para Salazar.
E porquê? Sem ser apoiante, discípulo, ou acéfalo, e conhecendo minimamente a história do nosso país, posso afirmar que a escolha de Oliveira Salazar foi um aviso e uma crítica ao actual estado da nossa democracia, mais concretamente, da nossa Politíca e respectivos actores.
O povo não é tão burro como possa parecer, e mostrou aqui o cartão vermelho à ala da esquerda "democrática e socialista".
Tirem-se as devidas ilações.