Caríssimos,
Acabei ontem de ler uma excelente obra sobre a Guerra Fria, da autoria do historiador John Lewis Gaddis, que constitui um comentário síntético, mas bem fundamentado, claro e rigoroso sobre este período da nossa história recente. Esta leitura suscitou-me de imediato uma reflexão, cujas conclusões exponho em súmula.
De facto, não é preciso andar muito para trás para verificar que a democracia, e a liberdade de que hoje disfrutamos, são construções extremamente frágeis e sujeitas a enormes pressões externas e internas, culturais e sociais, individuais e colectivas.
É por isso particularmente grave quando se permite que os governos, e agentes privados, possam livremente subverter a legalidade e o rule of law sem que a sociedade civil responda com a indignação adequada, e sem que a Justiça se mobilize e realize.
A defesa do nosso modo de vida não cabe apenas aos tribunais e à Justiça, nem a entidades reguladoras. É tarefa de cada um de nós, é um dever pessoal de cada cidadão com a ordem jurídica, social, política, e económica.
Não através de revoluções "francesas", mas da crítica, da indignação, da participação política. O adormecimento ou passividade da sociedade civil face às constantes e flagrantes violações da lei e da ética/moral da nossa comunidade é uma porta aberta ao ressurgimento de regimes totalitários, ou de transformação da democracia em democracia iliberal (a maioria dos países africanos, a Rússia, entre tantos outros, são bons exemplos de lugares/Estados onde se verifica esta realidade).
É por isso que não nos podemos silenciar, nem conformar com a realidade dos factos. Não podemos pegar na guitarra e compôr um fado choroso aos tempos de outrora.
A sociedade de informação dotou hoje os cidadãos de meios privilegiados para "vocalizar" as suas opiniões e/ou preocupações. Sugiro que cada um aproveite as "armas" que tem ao seu alcance para o protesto, e para o elogio.
Votem, escrevam, criem blogues, fundem um movimento cívico, um website, uma associação, pintem paredes, colem cartazes, componham músicas, mas exprimam-se. Não deixem que ninguém vos diga o que pensar, o que sentir, o que dizer. Em respeito pela liberdade dos outros, naturalmente.
Receio estes dias do hoje e do agora, em que se constata uma constante e concertada actuação política de completo desrespeito pela legalidade, pelos princípios constitucionais, pela própria ética do ser e do agir, sem que a sociedade tenha uma reacção adequada de indignação.
Colhida pelo torpor, pelo conformismo, pelo silêncio. O cidadão só reage quando lhe diz respeito, nada diz ou faz quando tal sucede so seu semelhante.
É nosso direito, e nosso dever, exigir poder voltar a confiar naqueles que decidem os nossos destinos.
Em de 12 de Junho de 1987, Ronald Reagen discursou em Berlim, e desafiou Gorbachev a "derrubar este Muro!" (o Muro de Berlim).
Lanço aqui o meu repto a todos vós, Convencidos e demais leitores, a derrubarem o vosso. Não se conformem, não deixem que ninguém decida por vós. Cabe a cada de um de vós, em respeito pelo próximo, defender a democracia e a liberdade, a paz, a segurança e a prosperidade que todos gozamos.
Acabei ontem de ler uma excelente obra sobre a Guerra Fria, da autoria do historiador John Lewis Gaddis, que constitui um comentário síntético, mas bem fundamentado, claro e rigoroso sobre este período da nossa história recente. Esta leitura suscitou-me de imediato uma reflexão, cujas conclusões exponho em súmula.
De facto, não é preciso andar muito para trás para verificar que a democracia, e a liberdade de que hoje disfrutamos, são construções extremamente frágeis e sujeitas a enormes pressões externas e internas, culturais e sociais, individuais e colectivas.
É por isso particularmente grave quando se permite que os governos, e agentes privados, possam livremente subverter a legalidade e o rule of law sem que a sociedade civil responda com a indignação adequada, e sem que a Justiça se mobilize e realize.
A defesa do nosso modo de vida não cabe apenas aos tribunais e à Justiça, nem a entidades reguladoras. É tarefa de cada um de nós, é um dever pessoal de cada cidadão com a ordem jurídica, social, política, e económica.
Não através de revoluções "francesas", mas da crítica, da indignação, da participação política. O adormecimento ou passividade da sociedade civil face às constantes e flagrantes violações da lei e da ética/moral da nossa comunidade é uma porta aberta ao ressurgimento de regimes totalitários, ou de transformação da democracia em democracia iliberal (a maioria dos países africanos, a Rússia, entre tantos outros, são bons exemplos de lugares/Estados onde se verifica esta realidade).
É por isso que não nos podemos silenciar, nem conformar com a realidade dos factos. Não podemos pegar na guitarra e compôr um fado choroso aos tempos de outrora.
A sociedade de informação dotou hoje os cidadãos de meios privilegiados para "vocalizar" as suas opiniões e/ou preocupações. Sugiro que cada um aproveite as "armas" que tem ao seu alcance para o protesto, e para o elogio.
Votem, escrevam, criem blogues, fundem um movimento cívico, um website, uma associação, pintem paredes, colem cartazes, componham músicas, mas exprimam-se. Não deixem que ninguém vos diga o que pensar, o que sentir, o que dizer. Em respeito pela liberdade dos outros, naturalmente.
Receio estes dias do hoje e do agora, em que se constata uma constante e concertada actuação política de completo desrespeito pela legalidade, pelos princípios constitucionais, pela própria ética do ser e do agir, sem que a sociedade tenha uma reacção adequada de indignação.
Colhida pelo torpor, pelo conformismo, pelo silêncio. O cidadão só reage quando lhe diz respeito, nada diz ou faz quando tal sucede so seu semelhante.
É nosso direito, e nosso dever, exigir poder voltar a confiar naqueles que decidem os nossos destinos.
Em de 12 de Junho de 1987, Ronald Reagen discursou em Berlim, e desafiou Gorbachev a "derrubar este Muro!" (o Muro de Berlim).
Lanço aqui o meu repto a todos vós, Convencidos e demais leitores, a derrubarem o vosso. Não se conformem, não deixem que ninguém decida por vós. Cabe a cada de um de vós, em respeito pelo próximo, defender a democracia e a liberdade, a paz, a segurança e a prosperidade que todos gozamos.