
Um duelo muito interessante se avizinha por terras de Ásterix e Obélix.
Há vários anos que não havia uma bipolarização tão evidente na 2ª volta entre candidatos à Presidência da República (não esquecer que nas últimas eleições houve uma disputa Chirac-Le Pen) e há um facto que não podemos descurar: embora estes não fossem os candidatos mais queridos no seio dos respectivos partidos (principalmente nas alas mais anciãs) os resultados foram claramente superiores ao dos antecessores.
Mas não é apenas este facto que tornam estas eleições únicas.
Há umas lições de democracia que os portugueses podem claramente tirar:
- Participação em massa do eleitorado, com uma taxa de abstenção de apenas 15% (ao contrário dos portugueses que, nestas situações, apenas metade vão às urnas).
- A derrota clara dos extremos com Jean-Marie Le Pen a ter o pior resultado desde 1974 (muito por culpa de Sarkozy que, com o seu discurso mais à direita, conseguiu ir buscar muitos votos à Frente Nacional de Le Pen).
- Descida da candidata trotskista Arlette Laguiller para 1,5% (não podemos esquecer que o nosso Louçã é amigão do Trostki!).
Posto isto a grande conclusão é que a França está em processo de democratização enquanto nós... já não poderei dizer o mesmo!